“E depois fazem amor pelo cu porque não têm racha, enfiam coisas no cu, percebes”, e “E a tua tia sabes de que tem cara, de puta, sabes o que é, uma mulher tão porca que fode com todos os homens e mesmo que tenha racha para foder deixa que lhe ponha a pila no cu”. valter hugo mae é o autor destas polémicas linhas que estão num livro recomendado para o 8º ano.
No 8º ano as crianças têm 14-15 anos.
O livro “O nosso reino” está recomendado no Plano Nacional de Leitura, mas os pais de algumas crianças estão em pânico. E algumas crianças com pais assim estão também em pânico.
Para tornar esta discussão profunda, coisa que devemos evitar, sublinho que no 8º ano os pais e mães que agora se queixam cantarolavam com alegria:
“E o Calimero…” ou ainda a famosa “Badum badum”.
Claro que a ideia de ver escrito num livro (num livro! valter hugo, que foste tu fazer!) a palavra “puta” e a palavra “cu” é demoníaca. Estes pais e mães, sozinhos nos seus carros a caminho dos empregos, apenas gritam com os outros condutores:
“Seu azelha!” ou “Santo deus? Estais taralhouco!”, em vez de “Vai levar no valter hugo”.
Estes pais devem desconhecer a linguagem do Wuant, um dos canais mais vistos pelos putos desta idade. Ou o conteúdo das letras do funk. Ou nem se lembram do que diziam durante os intervalos da escola, quando eram miúdos.
“São virgens”, diz com crueldade um aluno do 8º ano que calha eu conhecer, enquanto toma o pequeno almoço. “Não há uma música que a malta oiça na escola que não tenha palavrões piores”, remata, enquanto arruma o pão com fiambre na lancheira, encolhe os ombros e segue. Este aluno já leu “Os Putos” do Altino, “O Anjo Ancorado” do Cardoso Pires, já viu “O Lugar do Morto” e o “Triunfo dos Porcos”.
Foi proibido pelos professores de português de falar sobre o “Maus” e o “Presepolis” na escola, dizendo-lhe os docentes que eram livros muito pesados.
Em suma, deixo-vos apenas uma das musiquinhas que os putos ouvem e que o valter hugo não escreveu.
IDEIA PERIGOSA 
Uma coisa é uma coisa. Outra coisa e outra coisa.
Eu não falo com os meus filhos, certo tipo de adjectivos, independentemente de saber que eles que sabem.
Chama-se respeito por mim e por eles, consequentemen te, educaçao.
Alguém apregoa aos sete-ventos que insere o falo no orificio esficteriano, de alguém.
Estes esquerdelhos, fod@-se.
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E o tão famoso Agir? A minha irmã com 10 anos sabe as letras dessas músicas todas. E quando eu tinha uns 3/4 anos também não andava de microfone de plástico na mão a cantar o “e mexe remexe” do Marco Paulo? E os Secret Storys que os miúdos papam todos? Oh por favor, quem é que com 14 anos não sabe as asneiras todas que existem e não inventa mais umas quantas?
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